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um novo rosto? Cabe a nós!

essa foto retrata um novo rosto da Igreja. pos isso o questionamento, um novo rosto? cabe a nós!

A missão da igreja de Cristo é árdua e precisa ser enfrentada com amor e fé. Um amor engraçado não simplesmente aos que nos rodeiam ou aos que mais amamos, mas sim um amor incondicional a todos que de Cristo testemunhas, e nossa missão enquanto cristãos é de acolher a todos na sua diversidade mostrando o rosto de uma igreja nova, dedicada aos marginalizados, que acreditam na unidade e que antes de tudo pregam um Cristo sem interesses materiais, principalmente sem o interesse nas correntes escravistas do valor de troca desumano do mundo pós-moderno. A fé deve ser uma fé missionária, motivada pelo compromisso com nossas comunidades, pastorais, movimentos e primordialmente com os homens e mulheres que se compõem, duas características que nos motivam a nos espelharmos no Cristo Bom Pastor pelo bem do reino de Deus.


Este novo rosto da igreja sente ao ver e ouvir os discursos e as atitudes do nosso santo padre Papa Francisco durante o evento da Jornada Mundial da Juventude no Rio, atitudes revestidas de uma simbologia cristã muito grande que alegrou e fez rezar juntas centenas de nações jovens de todo o mundo, eufóricas e cheias do Espírito Santo de Deus. O agir de nosso pastor retrata as características humanas e divinas de alguém que ama a igreja de Cristo de uma forma tão viva que contagia a humanidade. Mas qual é o exemplo que nosso pastor nos deixa? Três características de seu agir são fundamentais para uma vivência fraterna de comunidade que retrata o povo de Deus: A santidade, a humildade e o compromisso.


A pessoa do Papa nos remete a ideia de Santidade e de fato esta afirmativa nos é verídica, não a santidade que muitas vezes projetamos como sendo algo tão transcendente que elimina toda a possibilidade de uma vivência humana do ser santo, mas sim, apresentando a partir da nossa realidade em contato com o nosso povo sofrido e mastigado pelo sistema opressor da sociedade contemporânea, o ser santo antes de ser caracterizado algo extraordinário se apresenta como exemplo vivo do amor de Deus dentro de nossas famílias, comunidades e sociedade. A santidade do nosso povo se manifesta ou deve ser manifestada no nosso ser igreja, a santidade não se faz fora do mundo como tendemos a pensar na maioria das vezes, pelo contrário é dentro desta realidade que se manifesta o nosso agir assemelhando-se ao agir de Cristo santificando-nos e santificando nosso mundo. Precisamos acreditar em nós enquanto vocacionados e portadores desta santidade que é dom de Deus pelo batismo.


O despojamento de sua santidade retrata o amor a uma vocação vívida principalmente para o outro, o servir e não ser servido que Jesus nos deixou. Um servir que ultrapassa todas as barreiras da diferença, do preconceito, do egoísmo onde tudo gira em mim e para mim, onde o outro é visto sempre como adversário e não como irmão, o nosso Eu aparece enquanto Cristo cai. É ultrapassando todas essas barreiras que vamos caminhar de fato para o bem comum e para uma atitude sempre comunitária e aberta, o agir de Francisco que vai ao encontro de todos, que abraça, ri, que dispensa todos os meios de segurança provando que o ser humano não é uma ameaça para quem de fato ama seu serviço e principalmente ama as pessoas que dele fazem parte, tem muito a nos ensinar.


A igreja não se faz unicamente de estrutura material, ela se faz de um corpo maior e mais significativo que as estruturas; se faz do povo de Deus, por isso exige de cada um de nós, deste mesmo povo, compromisso. O papa dentro deste agir que nos admira e nos alegra, se compromete sendo voz crítica e evangelizadora para a humanidade e principalmente para nossa pátria “amada”, mostrando-nos e ensinando-nos a lutar por uma igreja cada vez mais libertadora, que distribui o pão eucarístico, mas também denuncia a falta do pão na mesa do pobre vitimado pela injustiça, que conhece Jesus e o apresenta às pessoas, mas faz deste Cristo o formador Maior de nossas comunidades preocupadas sempre com o bem-comum, que crer em Deus; mas também crer no irmão que é a sua imagem. Comprometer-se exige coragem e determinação dentro da santidade e humildade que convidamos ter, comprometer-se requer antes de tudo amor a Deus e ao nosso povo.


Nosso caminho de discípulos é um caminho não tão simples de ser percorrido, para sabermos carregar nossa cruz se faz necessário ter o olhar sempre fixo em Jesus como modelo de pastor que ama e acredita nos seus rebanhos. O exemplo de amor e fé dado pelo bispo de Roma deve ser para nós modelo de uma igreja solidária que se renova acreditando nas exceções de Deus, nossa missão é de acolher este exemplo e fazer acontecer em nossas paróquias e comunidades o Reino de Deus, através o compromisso com nossa fé.




Autoria do texto: Seminarista Paulo Araújo , 23 a 28 de julho de 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Hoje  Pe. Paulo Araújo 

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