Arte de: Osório Gimenes - Artes
A vida ribeirinha é um ensino. A integração do homem, do ambiente e do criador é encantadora. E nos serve de lição. Ela nos lembra o Corpo de Cristo.
O ribeirinho entende que sua ligação com a Casa Comum afeta diretamente sua vida e seu corpo. O rio seco altera o agir, o pescar, o alimentar do caboclo. O Corpo de Cristo nos foi dado e muitas vezes nem contemplamos a maravilha que é estar nessa conexão além da fé. É um ato. É um sentir. Receber a Eucaristia, receber a Cristo. Tudo que Ele fez, o amor e a obediência a Deus é de uma força absurda. E Ele só fez para ter essa integração com o homem. Não faz sentido sacrifÃcio e amor para o nada. Foi para cada um de nós.
Estar preparado para viver isso passa pela reflexão do agir. Não há uma integralidade de fato se eu não cuido, preparo, arrumo. Quando você vai à missa, o banho, a roupa de missa, tudo é feito para esse encontro. E levo um coração preparado para esse encontro. A reconciliação é esse cuidado do espÃrito que vai receber o Corpo. Integralidade do viver e do cuidar. Não posso receber a Cristo com nenhuma roupa ou com o coração carregado de sujeiras. E como eu me encontro e me integro com a Casa Comum? Meu corpo sente se meu ambiente sofre? A temporada de seca dos últimos dois anos mostrou que sim. A fumaça respirada pela população foi refletida nos números nos hospitais.
A integralidade vivida nos conduz ao zelo, ao encontro com Cristo. É como entrar na canoa e respeitar o movimento das águas.
Cristo se deu por amor. E nós conseguimos nos dar a Cristo na integralidade com a Casa Comum? Não há dicotomia. Receber Cristo é receber tudo que Deus fez.
Por: Marcela Amazonas
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