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A humildade e a pureza de coração é acesso para o Reino de Deus.

Essa imagem retrata a reflexão de que nos fala da simplicidade e pureza de coração como porta de acesso para o reino de Deus, por isso somos chamados a viver no amor.
Imagem: Ítalo Ton

 

O Evangelho de hoje nos apresenta um acontecimento breve, mas carregado de significados. Entra em cena umas pessoas que levam algumas crianças para Jesus, com a finalidade de que Ele as abençoe impondo-lhes as mãos. Porém os discípulos queriam impedir que as crianças fossem até Jesus; mas Ele os adverte: “Deixai as crianças, e não proibais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus” (Mt 19,14). E então Ele os abençoou.

No contexto em que o Evangelho foi escrito, nota-se que as crianças eram consideradas frágeis, dependentes e sem voz, não tinham direitos nem eram relevantes na esfera social; eram vistas como alguém que está num processo de formação e não como sujeito autêntico. Diante desse contexto, Jesus tem uma atitude que rompe os paradigmas da época: Não foi apenas uma acolhida, mas Ele coloca a criança na sua mensagem central; revela que a pequenez e a simplicidade são portas para acessar o Reino de Deus. 

A palavra de Jesus é muito clara e eficaz, o Reino de Deus não se conquista pela força ou pelo poder, mas pela confiança, docilidade e pureza de coração. A criança é símbolo da abertura ao amor que brota do coração amoroso de Deus. Ao abraçar a causa das crianças pedindo que não impeçam o acesso a Ele, Jesus denuncia toda e qualquer atitude de exclusão; ele mostra que a lógica divina valoriza a humildade e não a prepotência.

Diante dessa mensagem algumas interpelações podem surgir em nós, como por exemplo: se somos discípulos, não podemos criar barreiras obstruindo o acesso a Jesus; esse impedimento acontece quando usamos a rigidez, o julgamento e a falta de acolhida. Nossa atitude deve ser aquela que o Papa Francisco tantas vezes nos pediu, que sejamos pontes nas relações pessoais que aproximem as pessoas de Deus.

O nosso chamado é para recuperar a simplicidade de nossos corações; Nesta sociedade marcada pela pressa, pelo espírito competitivo e desejo de grandeza, Jesus nos mostra que o essencial é acolher o amor de Deus como uma criança que confia no amor e na segurança de seus pais. 

Devemos aprender com elas a gratuidade, a capacidade de entregar-se, de maravilhar-se e de sermos espontâneos no amor. As crianças vivem no presente sem carregar pesos que não sejam necessários; no caminho da fé é preciso descobrir a liberdade interior. O reino de Deus é dom e não conquista, é graça recebida, não mérito. Se ficarmos fechados na lógica da recompensa perderemos a essência do Evangelho.

Esse Evangelho nos impele a rever nossas ações, atitudes e postura de fé. Não devemos buscar títulos, reconhecimentos e privilégios, mas reaprender a confiança com a simplicidade de uma criança. Assim, o Reino se torna realidade no meio de nós.






Por: Sebastião Caldas

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